terça-feira, 29 de outubro de 2013

Desfragmentada.

A sensação de estar perdendo o amor da minha vida destrói o que ainda resta de amor em mim. Continuo sentindo que ela vai embora, embora para sempre... Deixando apenas rastros, me apagando do seu presente. Terei que me sentir só alguém que fez parte do seu passado? O amor massacra mesmo -uma dose de whisky, por favor-, estou em pedaços.

domingo, 22 de setembro de 2013

Distúrbio.

Hoje procuro uma forma concreta de explicar o tamanho do meu amor por ela. Não quero ter que dar adeus aos seus abraços, seus lábios. Não sei se foi um erro tê-la feito de minha estrutura, pois o medo de perder está me tirando o que ainda resta da minha lucidez. O jeito com que me olha, o cuidado, o sorriso que tem o poder de parar o mundo. Isso tudo completa o meu âmago. Pensar que posso perder tudo isso me dilacera. Amor puro que destrói.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

21 por 21

Estava olhando para o seu vigésimo primeiro sorriso, naquele dia 21. Toquei o seu rosto e a observei por vinte e um minutos. Passaria vinte e um séculos ao lado dela, mas o tempo parou. Parou às vinte e uma horas. Nove da noite do dia 21, ela me pedia pra ficar ali pra sempre. Mal sabia que eu não sairia dali por nada. Não desgrudaria dela nem por um, nem vinte e um segundos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Saudade.

Ali deitada, já tarde da noite, o pensamento estava fixo nela, em seus olhos, no seu olhar. Sentia um vazio, uma saudade que partia o coração. E tudo que ocupava a mente eram os seus sorrisos, a lembrança dos seus abraços, do seu toque, do seu cheiro. Mas ela não estava ali, era impossível tocá-la, só se enxergava a saudade[...] Ali, sentadas no mesmo banco, partilhando do mesmo abraço e dividindo o mesmo beijo, destruíam toda a destruição feita pela saudade.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Temporário

Ali naquele banco, numa conhecida praça que estava consideravelmente vazia diante de um dia tão agitado, olhava nos olhos daquela moça de cachos escuros enquanto ela a protegia daquele frio. Elas se abraçavam e conversavam, debatendo sobre assuntos que traziam uma sintonia maravilhosa. Conexão. Era visível a tristeza da despedida. Mesmo não sendo pra sempre, os olhares já compartilhavam saudade quando se afastavam.

...

É mais um grupo de vermes. Observam o tempo todo. São olhos gananciosos, mas procuram algo. Não sei bem o que é. Não posso mais presenciar tanta derrota. Tem medo depositado em suas pupilas. Assassinos de memórias. Me tiram o riso, o sono e a capacidade de decifrar o que há em seus olhares. Têm fome de paz.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Adeus

[...] e as luzes se apagaram. Só se ouvia a voz daquela garota, cuja as palavras de tom triste sopravam um vapor que esquentava a face fria de Lúcia naquela noite gelada de junho. Ela parecia estar se despedindo. Não por um dia, nem por uma semana. O jeito com que sussurrava dava a entender que estava indo para sempre. Quando Lúcia finalmente fala que a ama, e uma lágrima que lhe escorre os olhos se junta as outras que formam uma poça no chão da sala, o som do sussurro daquela garota emudece, e ali, onde se ouviu que seria pra sempre, agora se ouve somente um silêncio ensurdecedor [...]


domingo, 28 de abril de 2013

Imensidão de nada

     Me diminuo em meus pensamentos com as coisas que acontecem ultimamente. Paro pra pensar e me pergunto o que me tornei depois de tantas reviravoltas e tantos conflitos internos. Percebi que estou tão frágil quanto a mais leve brisa gélida.
     Estou tentando gritar o que eu sinto. Só quero esvaziar o abafado de palavras pesadas que esconde o que eu sou de verdade. Já está difícil distinguir qual é a parte que me fará feliz e a que me cortará em mil pedaços. Tento, tento e não encontro essa tal felicidade.        
    Acho que não devo me culpar por não achá-la, não reconhecê-la, pois não a tenho em minha memória.